30 de maio de 2008

Hoje, pedi ...


pedi as Estrelas
... para brilharem....
para te lembrares de mim

pedi a Lua
... para o luar iluminar....
o teu caminho até mim

pedi ao Vento suave
... para soprar ...
e te apressar até mim

pedi a Chuva doce
... para cair...
para te abrigares em mim

pedi ao meu belo sonho
... para não terminar ....
pois não quero que esta noite tenha fim

Hoje, pelo menos hoje, pedi em segredo, para ser feliz contigo !

29 de maio de 2008

Parabéns !

Graciosa e guerreira, conquistas tudo e todos
Radiante e luminosa, és um raio de luz os meus dias cinzentos
Amorosa e meiga, enches-me de miminhos
Cuidadosa e atenta, fazes o teu melhor em tudo
Inteligente e culta, acompanhas a evolução do mundo
Nunca, mas nunca me abandonaste nem me deixaste ficar mal
Divinal, as palavras que conheço não chegam para te descrever
Amavél e atenciosa, estás sempre pronta para me ouvir

Doadora, achas mais piada a dar do que a receber
Inigualavel, és um ser único, maravilhoso
Amiga, estás sempre pronta para me ajudares
Super e fenomenal, fazes sempre tudo, ainda antes de eu te pedir

Carinhosa e simpática, colocas-te sempre no lugar dos outros
Omnipresente, mesmo distante, estás sempre ao meu lado
Sorridente, a tua boa disposição e contagiante
Trabalhadora, suaste muito para que nunca me faltasse pão
Anjo, porque sem dúvida, vieste a Terra para ajudar o mundo



Minha avó querida, obrigado por seres a excelente pessoa que és.
Obrigado por estares presente em cada horada minha vida.

A pessoa que sou hoje, devo-o em grande parte à tua dedicação, ao teu carinho, à tua paciência e ao teu esforço e determinação.

És mais que avó. És mãe. És amiga.
Amo-te mais que tudo na vida.


Parabéns, avozinha, pelas tuas 78 primaveras!

28 de maio de 2008

Ninguém ...

Não tenho ...
ninguém que queira ouvir
Se o meu dia foi de morte
Se algum dia eu fugir
Não tenho ...
ninguém que se importe

Não tenho..
ninguém a quem falar
Até das coisas simples, banais
Não tenho...
ninguém para me calar
Quando já estou a falar demais

Não tenho...
ninguém com quem contar
Nas horas crueis e fatais
Não tenho ...
ningem para me aconselhar
Nas minhas dúvidas existenciais


Não tenho...
Ninguém por perto quando necessito
Ninguém que me abrace quando preciso
Ninguém que me beije quando desejo
Ninguém que me diga palavras carinhosas quando é só isso que anseio

Não tenho ninguém. Para nada.
Esta é a minha sina, é a minha jornada.
Pela vida sou castigada,
Sem sequer ter culpa de nada !

Porque não quiseste o meu amor ?
Porque não aceitaste a minha devoção ?
Agora só sinto dor
Tal é a decepção...

27 de maio de 2008

Chuva de Tentações

Passaste a tarde atolado em papeis e nem paraste para almoçar. Fizeste kms para trás e para frente. Tiveste reuniões e atendeste um sem fim número de telefonemas.
Quando por fim, entraste em casa, vinhas estafado. Exausto. Trazias um pensamento apenas : deitares-te no sofá, com as pantufas calçadas e eu ao teu lado a encher-te de mimos.
Sabias que eu havia de chegado a casa mais cedo, para receber a roupa da engomadoria e desejaste que o jantar estivesse pronto por forma a eu ter todo o tempo do mundo... só para ti.
Bem, confesso, que de certa forma não estavas totalmente engano. Hoje cedo, estavas tu a escovar os dentes e eu a tomar o um duche quente e rápido, quando decidi que a noite seria só tua...

Mal colocaste o pé no hall, paraste para sentir no ar o teu aroma preferido a baunilha. A música baixa dos Belly Dance, era sensual e envolvente. O som ritmado lembrava o bater do coração. Apesar de surpreso, não rejeitaste a brincadeira. De imediato, colocaste o teu casaco e o pc na mesinha da entrada, enquanto ansioso, caminhavas por entre o caminho que as velinhas e as pétalas de rosas te indicavam. Subiste as escadas calmamente, enquanto absorvias entusiasmado todo o ambiente. A cada degrau subia também o teu entusiasmo...
As pétalas levaram-te até a casa de banho da suite. Todo o ambiente fora transportado para aqui também. Entraste e deparaste-te com um apetecível e cheiroso banho de espuma. A aguá estava quente. Procuraste-me com os olhos. Apenas um sinal com a palavra "silêncio" te saltou a vista. Nada falaste. Cumpriste.

Despiste as roupas ao ritmo daquele música tão marcante e embriagadora. Entraste na banheira, mas não sem antes pegares num dos dois flutes com champagne... reparaste que era aquele especial, que tu tanto gostas ! Abriste um sorriso enorme.
Huumm.. que bem que sabe, relaxar assim - pensaste tu, bem aconchegado naquela banheira enorme! Alguns minutos depois, ligaste a hidromassagem. Esperavas, já nervoso, pela minha chegada. Demorei apenas alguns minutos, até fazer a minha entrada majestosa. Aproveitei para fazer uso a tua prenda vinda de terras tunisinas, e dancei só para ti ...

Muito tempo depois, já com os robes vestidos, descemos em direcção a sala de jantar. A mesa estava pronta, e o jantar foi servido por entre mimos e beijos. Jantamos bem e tranquilamente, à luz das velas.

A conversa era suave e riamos por tudo e por nada. Lembrei-te o quanto te amo. Hoje, na cozinha, também me apliquei mais que o habitual e as ostras à sultão ficaram divinais, acompanhadas de um vinho tinto de reserva quase tão bom, modéstia a parte. Para sobremesa, esperava-te um apetitoso ananás flamejado. Deliciaste-te, espantado com os meus dotes culinários...

A chuva caía intensa, fustigando as janelas. Estava frio, mas lareira já aquecia muito a casa, tornando assim o ambiente mais aconchegante e propicio !
Finalmente, passamos para o teu tão amado sofá branco. Deitaste satisfeito. Deitei-me ao teu lado, a acariciar-te a pele a a fazer juras de amor eterno. Sei que estás feliz e eu também. Obrigas-me a prometer que irei repetir estas surpresas, ao que te respondo... agora é a tua vez !! Rimos, alegres e apaixonados!

26 de maio de 2008

Parece fácil, mas é dificil !


" É fácil achar a amizade,
dificil é encontrar o amigo !

É fácil trocas palavras,
dificil é interpretar o silêncio !

É fácil caminhar lado a lado,
dificil é encontrar o caminho !

É fácil beijar na boca,
dificil é chegar ao coração ! "

23 de maio de 2008

Palavra feia ... acto mais feio ainda !

Trair é enganar quem confia em ti. É aproveitar-se de uma oportunidade para ser desleal ou infiel.
Trair é tirar a esperança de alguém que sempre se esforçou para que a vida fosse mais bela e simples.


E, depois do acto cometido, nem adianta o infiel declarar-se culpado ou tentar convencer a parceira de que não sabia onde estava com a cabeça.
A atitude mais correcta é assumir que estava, de facto, em busca de uma satisfação fora do relacionamento e reconhecer que magoou o cônjuge.

O traído, por sua vez, aprenderá alguma coisa se entrar em contacto com sua ferida profunda, com seu sentimento de indignação.
O sentimento da pessoa traída é um misto de ódio, confusão e perda.
Após um acto de traição, as coisas nunca mais serão as mesmas e a relação de confiança fica extremamente comprometida e fragilizada.

Desengane-se quem pensa que poderá um dia esquecer.
Perdoar, sim. Esquecer, não.
Mas, para mim, trair vai muito além do beijar, desejar ou do fazer amor com outra pessoa.

É não respeitar.

Trair é não ser leal a algo que você se propôs.
É exigir do parceiro algo que você mesmo é incapaz de oferecer.
É mentir, omitir. É não se comprometer com a relação que está vivendo.

Trair alguém é deixarmos esse mesmo alguém pensar que esta tudo bem... quando na realidade está tudo mal.

Traição é tudo aquilo que FAZEM nas minhas costas, e PENSAM que nunca vou descobrir.
... E existe tanta coisa que pensas que não sei ...
Traição é enganarmo-nos a nós próprios. É não seguirmos as nossas vontades e desejos. O nosso coração.

Traição é nos sentirmo-nos mal, sem nada fazermos.


Mas, devemos sempre perdoar . "Errar e humano. Perdoar é divino" !
Excepto para os que possuem uma auto-estima nula e precisam de se firmar o tempo todo..

Saudades...


21 de maio de 2008

Era uma vez ...


Uma tenra menina loirinha. Muito simpática.
Era plenamente feliz. Muitos amigos e nenhuma preocupação na vida.
Num belo dia cinzento de chuva intensa, a sua vida transformou-se para sempre. As gotas caiam incessantemente e escorriam frias por todo o seu corpo. O guarda-chuva... esse estava esquecido propositadamente em casa ! Ia a atravessar apressadamente a rua, de olhos pregados ao chão, quando acidental e inevitavelmente foi de encontro a um sujeito alto e ... bem, diga-se de passagem, forte, entroncado, lindo... resumidamente, um belo homem!
Ele sorriu-lhe e ela corou.
De imediato fez mil planos. Traçou um caminho a seguir. O caminho da felicidade!
Não foi preciso muito até serem namorados. Ela encontrou o seu tão desejado príncipe. Era sem dúvida encantado, pois parecia adivinhar todos os seus desejos... alguns que nem ela tinha conhecimento. Ele era muito mais experiente e vivido. E mostrou-lhe o mundo de uma forma diferente. Ela vivia só por ele... só para ele. Nada era mais importante. Nada mais importava.
Ela foi feliz durante muito tempo. Muitos anos, aliás.

Mas, como tudo o que é bom acaba depressa, ela começou a aperceber-se de algumas atitudes menos dignas do seu príncipe.
A doce menina acordou do seu sonho e perante a dura realidade quis voltar adormecer, vezes sem conta, para começar uma busca interminável atrás do seu príncipe tão belo e perfeito...
Assustadoramente, cada vez que acordava, dava por si a -lo agora como sendo um ... um ... sapo ! Um sapo feio, gordo e asqueroso!!
Ela lutava contra esta visão... contra o seu terrível destino que via aproximar-se a um ritmo galopante.
O pior é que por muito beijos que desse... o sapo não devolvia o seu amor! Tinha tomado posse dele de uma forma definitiva.
Lamentavelmente, acabou por aceitar o seu triste destino. Que surpresa a vida lhe pregara. De rompante, tirara~lhe o tapete e a linda menina caíra redonda e estrondosamente no chão duro....Tão duro, que provocou nela imensas marcas que guarda até hoje.

Assim, magoada, triste e desiludida, de costas voltadas para o mundo, deixou-se dominar por este homem arrogante, mau e impositor que agora lhe comandava a vida. Apanhada de surpresa, deixou-se levar pelos medos.
A sua vida era cinzenta. Fria e vazia.
Eram tantos os receios que a sua visão estava deturpada. Não conseguia ver o melhor caminho a seguir. E agora é difícil libertar-se dessa prisão psicológica em que se encontra.
O caos está instalado. Ela apercebe-se que está moldada a sua maneira. Aos seus gostos.

Então, a tímida menina, começa agora a travar uma nova batalha.
Sem saber como, é invadida por uma imensa força que nasceu dentro dela. A sua vontade de ser feliz é maior que todo o medo.
Lutas diárias são travadas, e embora ela caía muitas vezes... levanta-se sempre. E sempre, com mais vontade de ser feliz.
É este pensamento que a impulsiona para a frente. É agarrada a este pensamento que consegue ir dando passinhos e se libertando daquele sapo vil. Ela não vai parar até atingir o seu objectivo.

E, eis que num dia, também chuvoso se cruza com alguém que lhe toca no coração.
De uma forma suave e mágica.
Alguém lindo, lindo no interior. Lindo na sua forma de ver o mundo.
Corajosamente esqueceu todos os medos e dúvidas, e entregou-se a este lindo homem. Sem reservas. Completamente livre de pensamentos negativos e violentos.
Sabe que o passado ficou enterrado lá atrás e o futuro está nas mãos deste jovem casal.
Hoje é feliz. Serena e completa.
Ainda estão juntos e apesar de ser uma mulher sofrida, aprendeu muito com tudo o que passou e dá muito mais valor ao que tem entre mãos.

Agora é feliz, e desta vez sim, com o seu principe encantado.




20 de maio de 2008

Ser Feliz !

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo
e que posso evitar que ela vá á falência.



Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, imcompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítimas dos problemas
e tornar-se um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo…



Fernando Pessoa


Quero voar .... para bem longe daqui !


Não quero ter dono. Não quero ter patrão.
Quero apenas voar ... delirantemente ... para bem longe daqui !

Não quero ter receios. Não quero ter escuridão.
Quero apenas voar ... reluzentemente ... para bem longe daqui !

Não quero ter barreiras. Não quero ter prisões.
Quero apenas voar ... livremente .. para bem longe daqui !

Não quero ter ordens. Não quero ter imposições.
Quero apenas voar ... rapidamente ... para bem longe daqui !

Não quero ter guerra. Não quero ter um turbilhão.
Quero apenas voar ... pacificamente ... para bem longe daqui !

Não quero ter quebras. Não quero ter flexões.
Quero apenas voar ... firmemente ... para bem longe daqui !

Não quero ter poder. Não quero ter milhões.
Quero apenas voar ... discretamente ... para bem longe daqui !

Não quero ter gritos. Não quero ter discussões.
Quero apenas voar ... silenciosamente ... para bem longe daqui !

Não quero ter desconfianças. Não quero ter traições.
Quero apenas voar ... confiantemente ... para bem longe daqui !

Não quero ter pressa. Não quero ter agitação.
Quero apenas voar ... tranquilamente ... para bem longe daqui !

Não quero ter tristeza. Não quero ter brusquidão.
Quero apenas voar ... alegremente ... para bem longe daqui !

Não quero ter o caos. Não quero ter confusões.
Quero apenas voar ... metodicamente ... para bem longe daqui !

Não quero ter desassossego. Não quero ter complicações.
Quero apenas voar ... tranquilamente ... para bem longe daqui !

Não quero ter magoa. Não quero ter desunião.
Quero apenas voar ... saudavelmente ... para bem longe daqui !

Não quero ter o mundo. Não quero ter uma multidão.
Quero apenas voar ... suavemente ... para bem longe daqui !

Não quero ter inimigos. Amigos, não quero um batalhão.
Quero apenas voar ... brilhantemente ... para bem longe daqui !



Quero apenas voar .... bem alto ... para bem longe daqui !





19 de maio de 2008

Uma linda Ilusão


Tu és ...
Meigo, docinho
Ameninado e fofo
Alegre, Entusiasta e apaixonante
Profundo e marcante


E com o Teu jeito ...
Atento e preocupado
Gentil e devastadoramente simpático
Carinhoso
Gestos suaves, delicados mas de toque intenso


Deixas-me ...
Maravilhosamente perdida, descontrolada
Sinto-me totalmente amada e desejada
Querida
Protegida e descansada

... é como ....

Como que a viver o papel principal num sonho
que apesar de não existir, não quero que tenha um fim
És mais que tudo o que sempre procurei para mim
Tão mais, que forçosamente temos esta interminável distância
Que nos protege das magoas, que nos acalma a ânsia,
Que sossega o coração
Mas, não, digo que não ... foi, sem dúvida, uma real linda ilusão !


16 de maio de 2008

Tu existes ... mesmo ausente.


" A alegria da tua existência...
... ajuda-me a suportar a tristeza da tua ausência "

15 de maio de 2008

Um grande amor


" Nunca digas que esqueceste um grande amor ...

diz apenas que consegues falar dele sem derramar uma lágrima,

porque um grande amor... jamais se esquece! "

14 de maio de 2008

Quando a noite voltar ...

Dou por mim a pensar na sorte que tenho e no quanto sou feliz.
Não posso pedir mais. A felicidade habita em meu coração.
Olho para ti. Estás serenamente abraçado a mim. Afago-te o cabelo, enquanto me acaricias a pele.
A tarde está quente. O sol está no seu máximo esplendor. Sente-se uma suave brisa refrescante, que nos toca levemente ....
Estamos tranquilos. Calmos.
- Ahahahahah - ouço num tom crescente e contagiante.
São as gargalhadas dos miúdos. A Bia e o Gonçalo, correm alegremente pelo jardim. O Oskar vai atrás, também aos pinotes. Comentamos que temos dois filhos maravilhosos.
Levantas-te num salto, colocas as tuas mãos na minha face e beijas-me. Corres de encontro a eles. Riem-se imenso enquanto rebolam na relva...
Eu ajeito-me na espreguiçadeira, enquanto vos admiro... feliz.
- Piiii, Piiii - ouço ao longe, num tom forte.
São eles. Já chegaram. O teu irmão também deve tar quase cá, digo-te entre dois beijos.
A doce confusão instala-se. Todos se riem, brincam. Até estão a jogar à bola...
No meio de tamanha algazarra, vens sempre mimar-me. Aliás, nunca estamos muito tempo afastados. Para nós o contacto físico é indispensável e os mimos necessários.
As horas voam, contra a nossa vontade.
Hoje jantamos no jardim. O fim da tarde está perfeito para a ocasião.
Conversas despreocupadas, palavras soltas e muitas gargalhadas, fomos jantando.
Antes de servimos os meus morangos com chocolate, levantas-te. Pedes-me para fazer igual.
Seguras na minha mão e emocionado, confessas o quanto ainda me amas. O quanto és feliz.
Eu timidamente, começo a chorar. As lágrimas que caem sem parar, têm um gostinho especial. São de felicidade. Estou tão certa do nosso amor, mas fico sempre comovida.
Retribuo com ternas palavras e ainda que to diga vezes sem conta, relembro-te o quanto te amo e agradeço-te por estes anos de casamento perfeito.
Finalizamos o momento com um forte abraço, e um enorme beijo.
Todos se levantam e erguem as taças de champanhe.
A festa continua e pelo meio música, boa disposição e muita animação.
- Toc, Toc - Ouço sem ter tempo de responder.
Entras no quarto. Tinhas ficado a terminar de lhes ler a história da Cinderela, enquanto eu vim a frente preparar a nossa cama. Entras sorrateiramente na cama e abraças-te a mim. Assim, ficamos durante longos minutos. Sem falar. Não é preciso.
Estamos exaustos, mas felizes.
Acabamos por adormecer, mas não sem antes me encheres a barriguinha com os teus beijinhos tão meigos e atrevidos.
- Triimmm, Triimm - ouço assustada. Um som forte, insistente.
Quando as escuras, encontro o tlm, reparo que não tem nenhuma chamada. O irritante som continua.
Sem te acordar, levanto-me a pressa e visto o meu robe de veludo rosa. Desço as escadas a correr, curiosa e dirigo-me a porta. Quem será a esta hora, interrogo-me.
Não é ninguém. O som que não se cala, começa a enervar-me. Olho em redor e não vejo nada, até que ... até que...

Não ! Relutante, abri um olho e depois outro. Estico o braço e desligo o velho despertador. São 7h.
Tenho de ir trabalhar. Estou de volta a vida secante e enfadonha. Estou sozinha.

A única coisa que me anima, é pensar que logo quando a noite voltar, eu irei adormecer... para os teus braços voltar.

13 de maio de 2008

Falar sobre ... Felicidade

A felicidade realmente existe ?
É uma pergunta pessoal e deverá ser respondida pessoalmente.
Mas, para mim existe. Claro que existe.
E como tal, acho que tenho o dever de fazer com que ela exista também para todos aqueles que me rodeiam.
Mesmo, se for só arrancar um sorriso de um colega carrancudo...
A felicidade também é partilhar.
É uma questão de atitude.

Penso que seja um estado afectivo ou emocional, de sentir-se bem ou sentir prazer.
É um estado de plena satisfação intima, contentamento, euforia e de circunstancias favoráveis, êxito.
É difícil defini la, mas reconheço-a quando a sinto. É tão simplesmente estar de bem com a vida.

A felicidade é termos tudo aquilo que desejamos, nem sempre bens materiais.
É aquilo que sentimos no exacto momento em que aquilo que queremos que aconteça... acontece !
Logicamente a infelicidade será o oposto. É lutar para atingir algo... e falhar.

Não é um estado de graça permanente. Não é uma sensação eterna.
São momentos longos ou curtos, dependendo do por nós alcançado.
É um estado de êxtase.

A felicidade de facto existe e é observável em nós, aliás é atrás dela que todos corremos.
Ela vária de pessoa para pessoa, e da forma como nos olhamos e de como olhamos o mundo.

Estar contente ou triste é um ir e vir.
Mas, apesar de dificeis, os momentos de infelicidade são um mal necessário, pois também funciona como um momento de amadurecimento e reflexão. Repensar nas atitudes.

Por vezes, a desmotivação e desanimo, levam ao aborrecimento, e este conduz inevitavelmente a uma vida onde a palavra felicidade não faz parte.
Nunca como hoje, tive a disposição tantos meios de entretenimento e ao mesmo tempo, nunca como hoje tive tão aborrecida pois, na realidade, o que na maior parte das vezes aborrece não são as circunstancias, mas sim a própria vida, quando ela mesma não tem interesse.

Mas, são fases. E esta, vai mudar.
Basta empenhar-me em aproveitar nas coisas simples do quotidiano, que raramente me apercebo e aprecio.
Basta aceitar as pessoas tal como são e porque o são. E mostrar um sentido positivo face aos acontecimentos.

Eu acredito que o obejctivo principal e final da vida, é conseguir atingir um estado de bem estar, onde nós podemos simplesmente dizer que encontramos a felicidade.

Os meus pequenos momentos de felicidades diarios :

  • Ver .. o focinho meiguinho do Oskar, mal abro os olhinhos, ainda ensonada

  • Sentir ... a alegria da minha avó sempre que me disponho a ouvi~la

  • Ouvir ... as gargalhadas dos meus sobrinhos, do outro lado da linha

  • Tocar ... no corpo do meu namorado, e assim ficar durante algum tempo

  • Saborear ... as deliciosas receitas tão bem preparadas pela minha mãe

  • Dar .. o meu melhor de mim a todos os meus queridos

  • Receber ... sorrisos e afectos sempre que faço algo

  • Saber ... que todos estão bem, e os que ainda não estão, encontram-se no bom caminho

A felicidade está em perceber que esta se encontra em todas as pequenas coisas , pequenos nadas, que nos vão acontecendo do dia-a-dia, dia-após-dia...

Façam o favor de ser felizes !

12 de maio de 2008

Mas, a alma volta atrás.... todos os dias!


Quando vagueias por entre histórias, pensamentos vários
Pedes-me para a tua mão não mais largar
Quando partes em busca de consola, pois mimos são necessários
Pedes-me para só, nunca te deixar

Numa viagem repetida, voas suavemente de regresso ao passado
Pedes-me para estar presente, sem quereres ser julgado

Memórias que procuras reviver na ânsia de nunca as esquecer
Eu tolero... desespero enquanto espero que a lua fique de novo brilhante
Ficas vulnerável, frágil, exposto, perdido, confuso mesmo sem querer
O tempo já devia ter feito algo ... mas, continuas relutante

Dizes ao acaso, que não te lembras que existo, sempre que não estou contigo
E então, receosa fico, sem saber se voltas de novo ao meu abrigo

E quando te sinto ausente, e quiçá estagnado, pessimista
Logo os meus espíritos se apoquentam

E cruelmente sou entendida e mal vista
Deitando por terra todos os desejos que na minha alma fermentam

Pensas a toda hora... sonhas pela noite fora
Não é só virar a página, rasga-la é necessário... agora
Mas, receoso gritas ao mundo que nada acabou
Alertas os demais que apenas tudo mudou

Deixar tudo para trás, por alguém que nos ama é maravilhoso
Não há maior prova de amor.. sentiste-te orgulhoso
Deixar tudo para trás, por alguém que gosta, mas não ama verdadeiramente
Amizade ou brincadeira.. não será certamente !


8 de maio de 2008

Tu ... Azul escuro


És dorido, marcado, profundo
Por passados, memórias, fantasmas és na noite assaltado
Com medo, não me deixas entrar ... vives fechado, isolado no teu mundo
Trancaste-te a sete chaves, escondeste o cadeado
És todo dúvidas, receios e anseias lá no fundo
Não mais te sentires só, perdido... abandonado

Exteriorizas o que te assombra a alma
Pedes-me para te escutar atenta e calma
Falas-me de tudo sem nada me revelar
Se não concordo contigo, nervoso mandas-me calar

Em círculos discutimos
Mas, sempre agarradinhos dormimos
Meigos, abraçados e aos mimos
Sabemos que o importante é aquilo que sentimos

Vontade de partir ou talvez não
Quem manda é o coração
E este, ainda me dá razão
Sinto-o quando vigorosamente me seguras a mão

A relação que por vezes é difícil, confusa, tensa
É outras tantas alegre, solta e descomplicada
Não é só magoa .. não é só tristeza
É também amor,cumplicidade ... é fase magicada


I carry your heart with me


I carry your heart with me (i carry it in my heart)
I am never without it (anywhere i go you go,my dear; and whatever is done by only me is your doing,my darling)
I fear no fate (for you are my fate,my sweet)
I want no world (for beautiful you are my world,my true)
And it's you are whatever a moon has always meant and whatever a sun will always sing is you

Here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the budand the sky of the sky of a tree called life; which grows higher than the soul can hope or mind can hide)
And this is the wonder that's keeping the stars apart

I carry your heart (i carry it in my heart)

Poem by e.e. cummings

7 de maio de 2008

Falar sobre ... Ciumes


É um sentimento natural.
Todos nós já o sentimos... pelos menos, uma vez na vida.
Aparece quando gostamos de alguém... e nem precisamos de gostar muito. Basta tão simplesmente gostar !
Revela-se e exterioriza-se quando em nós, nasce o receio de perda...

Dizem que não há amor sem ele.
De facto, acredito que em qualquer relacionamento, seja bom uma pitadinha, pois é sinal que existe interesse .... que existe o tal gostar.
Já a sua ausência pode ser indicador de indiferença. Do oposto. Do não gostar.
Quando os ciúmes são excessivos, são prejudicais para ambos. Nunca é só um que sofre.
É uma dor mutua, que pode levar ao isolamento ou distanciamento do outro...

Quando sentimos ciumes, ficamos com um medo assombrado de perder a pessoa amada.
E na ânsia desenfreada de não a perder, contamos os passos, cercamos-lhe os movimentos, tiramos-lhe a liberdade.
Sufocamos a pessoa e invadimos a sua privacidade e o seu espaço pessoal.
Ferimos sentimentos com acusações infundadas e palavras cruéis, fazendo com que os laços tão fortes que nos uniam... se tornem frouxos e soltos ...
O ciume em excesso, faz com que a pessoa de quem gostamos, se sinta ressentida com a manifesta falta de confiança da nossa parte e eventualmente opte por se afastar ...

As relações baseadas na desconfiança não têm um longo futuro.
Quando se vive criando possíveis situações ... não se vive aquilo que se tem !

Eu amo alguém.
Mas, apesar dos meus receios... dispenso os ciumes !
Apenas e só mesmo uma pitadinha ... para que ele saiba que o amo muito !!






6 de maio de 2008

Sem estado ...


Há dias assim, não há ?
Dias ... sem estado !

Hoje não estou triste. Não estou alegre.
Não estou melancolica. Não estou ansiosa. Não estou nervosa, mas não estou calma.
Não estou simpática, mas longe de estar mal humorada !
Sem estar calada, não estou faladora.
Não sei.
Estou ... sem estado !


Não me lembro de como passei a noite. Devo ter dormido bem.
Não tenho problemas, mas sinto um peso enorme sobre os meus frageis ombros.
Não fiz nada, mas sinto-me culpada de algo pesaroso.
Não tenho razões para sorrir, porem é isso que me apetece.
Não estou decepcionada, mas sinto-me como tal.
Tudo corre bem, e no entanto, esta sensação de mal persegue ...
Ou será que está tudo mal e eu me sinto assim, tão assustadoramente tranquila ?
Não sei.
Estou ... sem estado !

Será que alguém me vê o meu sorriso sincero e sem esforço, enquanto reparam nas lágrimas frias que me caem vagarosa e insistentemente e sem qualquer razão aparente ?
Será que no meio de tanta alegria, na verdade eu sinto uma grande dor, algo tão forte que se assemelha a uma perda ?
Será que no meio deste caos existe esta força interior enorme e teimosa, que me empurra para cima e me enche de animo ?
Acho que me sinto bem. Se me sentisse mal, saberia ... ou talvez, não !
Não sei.
Estou ... sem estado !

Estou sem estado
Sem paciência
Sem vontades
Esgotada e sem força
Sem ódio
Sem conflitos, nem tormentos...
Estou sem estado...
Para as pressões
As disposições,
Criticas e pressas de uns quantos
Estou sem estado...
Alheia a tudo
Indiferente
Mas, não estou infeliz, nem ando lá perto
Não me sinto desanimada
Nem desmotivada
E nem por sombras, me sinto de rastos ...
Tranquila, serena
Em paz.
Não sei.

Simplesmente, hoje.... estou sem estado ... defenido !